Vale a pena ler: Gaddis e o segundo mandato da Administração Bush
O eminente professor de História de Yale, John Lewis Gaddis, põe o dedo na ferida na última edição da Foreign Affairs. Em, Grand Strategy in the Second Term, o especialista no período da Guerra Fria analisa o primeiro mandato da Aministração W. Bush e coloca em cima da mesa algumas metas para esta segunda fase.
De uma forma clara e estruturada, como é seu timbre, Gaddis concorda com a abordagem feita à segurança internacional e ao modo como as soluções foram apresentadas. Por outras palavras, ao recorrer ao rigor conceptual de guerra preemptiva/guerra preventiva - extremamente necessário para se perceber o teor revolucionário da Estratégia de Segurança de 2002 - afirma isto mesmo: a estratégia revolucionária fez-se em nome da primeira com contornos da segunda. Mas afinal o que quer isto dizer?
Muito simples: Gaddis, como alguns outros académicos que se ocupam destes temas, definem intervenções preemptivas como acções militares contra um Estado que constitua uma ameaça imediata à segurança de outro ou de uma determinada região. A História está cheia de exemplos, e a prática internacional pauta-se há muito neste quadro conceptual. A intervenção preventiva, enquanto mecanismo militar contra possíveis futuras ameaças é bastante mais polémico. Bem mais ainda quando é consagrado em doutrina num qualquer documento estratégico.
O que retiramos daqui é que a Administração foi bem mais além do que inicialmente consagrou em 2002. O Iraque, foi naturalmente o cenário, levando-se a cabo uma intervenção em nome da "preemptividade" resvalando numa intervenção de carácter preventivo.
Para o segundo mandato, Gaddis pretende que se reforce aquilo que chamou de "anomalia" na condução da política externa americana recente: um unilateralismo que anulou uma coligação ampla para substaciar os propósitos da Administração. A persuasão, o diálogo e a explicação dos propósitos aos aliados devem ser as prioridades dos EUA daqui em diante. Sem nunca se desviarem daquilo que considera o objectivo primordial actual: restaurar a segurança num mundo cada vez mais perigoso. Para o alcançar é preciso poder militar e poder político-diplomático.
Dá-me ideia que George W. Bush fez mais pela União Europeia nestes últimos quatro anos dos que muitos "europeístas convictos". Quanto mais não seja por pôr a nu as fragilidades da construção europeia nestas matérias específicas e que tanto nos deveriam preocupar.
De uma forma clara e estruturada, como é seu timbre, Gaddis concorda com a abordagem feita à segurança internacional e ao modo como as soluções foram apresentadas. Por outras palavras, ao recorrer ao rigor conceptual de guerra preemptiva/guerra preventiva - extremamente necessário para se perceber o teor revolucionário da Estratégia de Segurança de 2002 - afirma isto mesmo: a estratégia revolucionária fez-se em nome da primeira com contornos da segunda. Mas afinal o que quer isto dizer?
Muito simples: Gaddis, como alguns outros académicos que se ocupam destes temas, definem intervenções preemptivas como acções militares contra um Estado que constitua uma ameaça imediata à segurança de outro ou de uma determinada região. A História está cheia de exemplos, e a prática internacional pauta-se há muito neste quadro conceptual. A intervenção preventiva, enquanto mecanismo militar contra possíveis futuras ameaças é bastante mais polémico. Bem mais ainda quando é consagrado em doutrina num qualquer documento estratégico.
O que retiramos daqui é que a Administração foi bem mais além do que inicialmente consagrou em 2002. O Iraque, foi naturalmente o cenário, levando-se a cabo uma intervenção em nome da "preemptividade" resvalando numa intervenção de carácter preventivo.
Para o segundo mandato, Gaddis pretende que se reforce aquilo que chamou de "anomalia" na condução da política externa americana recente: um unilateralismo que anulou uma coligação ampla para substaciar os propósitos da Administração. A persuasão, o diálogo e a explicação dos propósitos aos aliados devem ser as prioridades dos EUA daqui em diante. Sem nunca se desviarem daquilo que considera o objectivo primordial actual: restaurar a segurança num mundo cada vez mais perigoso. Para o alcançar é preciso poder militar e poder político-diplomático.
Dá-me ideia que George W. Bush fez mais pela União Europeia nestes últimos quatro anos dos que muitos "europeístas convictos". Quanto mais não seja por pôr a nu as fragilidades da construção europeia nestas matérias específicas e que tanto nos deveriam preocupar.
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