Freitas, o MNE
Confesso que estou um pouco surpreendido com tudo isto. Ou talvez não.
Acho perfeitamente natural que o Prof. Freitas do Amaral tenha feito o percurso que tem vindo a fazer. Como alguém dizia há dias, na altura em que se desvinculou do CDS este nada tinha a ver com o partido por si fundado nem tão pouco assentava nas políticas defendidas pelo actual CDS. O PP de Manuel Monteiro teve o seu papel circunstancial, foi útil ao não desaparecimento parlamentar do CDS, mas em nada reflectia os princípios fundadores em que se revia Freitas. Acho mesmo que foi de elementar bom senso abandonar aquele PP.
O percurso seguinte também não me parece ser motivo de tanta polémica. Quantos simpatizantes do CDS-PP não aderiram ao PSD ou ao PS (com quem têm mais semelhanças, diga-se) ou se identificaram mais com eles? Inúmeros. É certo que nenhum com o peso histórico de Freitas, mas este é perfeitamente livre de pensar como quiser. Assim sendo, porque razão se aplaude aqueles que outrora comunistas, maoístas ou socialistas engrossaram com o tempo as fileiras do centro-direita e agora se enxuvalha quem faz um caminho perfeitamente legítimo, mas de sentido contrário?
Além do mais, que diferenças existem de fundo entre o PSD e o PS actualmente? Muito poucas. Daí que apoiar o PS ou o PSD, seja para Freitas do Amaral perfeitamente indiferente.
Um outro ponto, para mim bem mais relevante que tudo isto, é o cargo de Ministro de Estado e dos Estrangeiros que ocupa agora o Prof. Freitas. Devia ser aqui que o CDS - enquanto partido responsável e governamental que pretende continuar a ser - se deveria debruçar: as posições tidas pelo Professor nos últimos anos são demasiado graves para quem é o rosto da diplomacia portuguesa nos próximos tempos. Numa altura de reforço da cooperação transatlântica e de alguns pequenos sucessos no Médio Oriente - feitos pelos EUA e UE - colocar uma pessoa que tem vindo a pôr em causa a aliança portuguesa com os EUA na chefia da diplomacia parece-me um tiro no pé.
Nesta matéria não está em jogo o Governo PS. Está em jogo a própria imagem do país e a sua credibilidade internacional.
Mas não. Salvo uma ou outra voz, o CDS preferiu brincar aos carteiros.
Acho perfeitamente natural que o Prof. Freitas do Amaral tenha feito o percurso que tem vindo a fazer. Como alguém dizia há dias, na altura em que se desvinculou do CDS este nada tinha a ver com o partido por si fundado nem tão pouco assentava nas políticas defendidas pelo actual CDS. O PP de Manuel Monteiro teve o seu papel circunstancial, foi útil ao não desaparecimento parlamentar do CDS, mas em nada reflectia os princípios fundadores em que se revia Freitas. Acho mesmo que foi de elementar bom senso abandonar aquele PP.
O percurso seguinte também não me parece ser motivo de tanta polémica. Quantos simpatizantes do CDS-PP não aderiram ao PSD ou ao PS (com quem têm mais semelhanças, diga-se) ou se identificaram mais com eles? Inúmeros. É certo que nenhum com o peso histórico de Freitas, mas este é perfeitamente livre de pensar como quiser. Assim sendo, porque razão se aplaude aqueles que outrora comunistas, maoístas ou socialistas engrossaram com o tempo as fileiras do centro-direita e agora se enxuvalha quem faz um caminho perfeitamente legítimo, mas de sentido contrário?
Além do mais, que diferenças existem de fundo entre o PSD e o PS actualmente? Muito poucas. Daí que apoiar o PS ou o PSD, seja para Freitas do Amaral perfeitamente indiferente.
Um outro ponto, para mim bem mais relevante que tudo isto, é o cargo de Ministro de Estado e dos Estrangeiros que ocupa agora o Prof. Freitas. Devia ser aqui que o CDS - enquanto partido responsável e governamental que pretende continuar a ser - se deveria debruçar: as posições tidas pelo Professor nos últimos anos são demasiado graves para quem é o rosto da diplomacia portuguesa nos próximos tempos. Numa altura de reforço da cooperação transatlântica e de alguns pequenos sucessos no Médio Oriente - feitos pelos EUA e UE - colocar uma pessoa que tem vindo a pôr em causa a aliança portuguesa com os EUA na chefia da diplomacia parece-me um tiro no pé.
Nesta matéria não está em jogo o Governo PS. Está em jogo a própria imagem do país e a sua credibilidade internacional.
Mas não. Salvo uma ou outra voz, o CDS preferiu brincar aos carteiros.
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