Congresso
O que aconteceu no Sábado, na antiga FIL, merece duas leituras, na minha opinião.
Em primeiro lugar, no que diz respeito à forma: foi um Congresso marcado pelo civismo, pela educação, pela vitalidade do debate e por um normal jogo de apoios aos candidatos.
Em segundo lugar, no que diz respeito ao conteúdo: para quem, como eu - e julgo que não são assim tão poucos, pelas conversas que pude ter - não alinha por uma matriz marcadamente democrata-cristã, o Congresso resultou naquilo que eu mais temia, isto é, numa blindagem ideológica. Passo a explicar o meu argumento.
O reforço da matriz democrata-cristã e os arrepios de pele sempre que se falou em abrir o CDS a conservadores/liberais e liberais levam-me a concluir que, das duas uma, ou não se sabe para onde se vai ou não se quer perceber que caminho tomar para crescer eleitoralmente. Isto porque nem a nova liderança - que me merece o mair respeito e consideração, saliento - nem a linha preconizada por Telmo Correia - com a qual mais me identifiquei - souberam responder aos anseios de um eleitorado que facilmente poderia ser, num futuro próximo, eleitorado do CDS: falo dos jovens que votarão pela primeira vez em 2009 e de uma classe média desamparada ou indecisa e que se situa entre o PSD e o CDS, tradicionalmente.
Como é que se cativam empresários, trabalhadores não socialistas, jovens quadros entre os 25 e os 35 anos, rapazes e raparigas dos liceus e universidades se não se tiver um dicurso mais abrangente ideologicamente? Será com a linha da doutrina social da Igreja, exclusivamente, que se abarcará um eleitorado que se quer assumir de direita e que vê a sua pretensão esbarrada num conservadorismo sectário, invariavelmente de expressão reduzida? Quantos empresários não se voltaram para o PSD a seguir ao discurso de Luís Nobre Guedes no Sábado à noite?
A direita portuguesa precisava de um CDS de maior amplitude ideológica. Não alinho com aqueles que identificam isto com a sigla PP. Aliás, nunca suportei o PP nem tão pouco Manuel Monteiro. Acho mesmo que presta um serviço ao país aquele que tirar o tapete a Manuel Monteiro e a todos os nacionalistas-não-europeístas-novos/velhos que abundam neste país.
Continuo a acreditar numa direita arejada. Oxalá saiba o CDS representá-la bem.
Em primeiro lugar, no que diz respeito à forma: foi um Congresso marcado pelo civismo, pela educação, pela vitalidade do debate e por um normal jogo de apoios aos candidatos.
Em segundo lugar, no que diz respeito ao conteúdo: para quem, como eu - e julgo que não são assim tão poucos, pelas conversas que pude ter - não alinha por uma matriz marcadamente democrata-cristã, o Congresso resultou naquilo que eu mais temia, isto é, numa blindagem ideológica. Passo a explicar o meu argumento.
O reforço da matriz democrata-cristã e os arrepios de pele sempre que se falou em abrir o CDS a conservadores/liberais e liberais levam-me a concluir que, das duas uma, ou não se sabe para onde se vai ou não se quer perceber que caminho tomar para crescer eleitoralmente. Isto porque nem a nova liderança - que me merece o mair respeito e consideração, saliento - nem a linha preconizada por Telmo Correia - com a qual mais me identifiquei - souberam responder aos anseios de um eleitorado que facilmente poderia ser, num futuro próximo, eleitorado do CDS: falo dos jovens que votarão pela primeira vez em 2009 e de uma classe média desamparada ou indecisa e que se situa entre o PSD e o CDS, tradicionalmente.
Como é que se cativam empresários, trabalhadores não socialistas, jovens quadros entre os 25 e os 35 anos, rapazes e raparigas dos liceus e universidades se não se tiver um dicurso mais abrangente ideologicamente? Será com a linha da doutrina social da Igreja, exclusivamente, que se abarcará um eleitorado que se quer assumir de direita e que vê a sua pretensão esbarrada num conservadorismo sectário, invariavelmente de expressão reduzida? Quantos empresários não se voltaram para o PSD a seguir ao discurso de Luís Nobre Guedes no Sábado à noite?
A direita portuguesa precisava de um CDS de maior amplitude ideológica. Não alinho com aqueles que identificam isto com a sigla PP. Aliás, nunca suportei o PP nem tão pouco Manuel Monteiro. Acho mesmo que presta um serviço ao país aquele que tirar o tapete a Manuel Monteiro e a todos os nacionalistas-não-europeístas-novos/velhos que abundam neste país.
Continuo a acreditar numa direita arejada. Oxalá saiba o CDS representá-la bem.
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