Nostalgia "tuga" para Toronto
Para o meu amigo Gil,
um brilhante ex-pósmoderno.
Obrigado pelo mail. Obrigado pela crítica.
Mas, qual é o problema com a nostalgia do Sinédrio? Fico contente por teres padrões de qualidade tão altos para com o nosso pasquim. Queres análise? Nem sempre é possível. O trabalho (no qual temos de fazer verdadeira análise – e esta análise é o nosso ganha pão), por vezes, não permite grandes divagações.
Mais: como já confessaste, estás a sentir aquela coisa que pica o neurónio tuga: a saudade. Ora, “Saudade” é a tradução portuguesa de “Nostalgia”. O Sinédrio e o Arte da Fuga estão a atravessar uma fase nostálgica? Certo. E depois? Os homens têm duas certezas: morrem e não conseguem apagar o passado. Tudo o resto é mutável, menos estas duas pequenas coisas.
Mais: Nostalgia não é lamentação (não estamos a lamentar o que deveria ter sido).
Mais: Nostalgia não é comprazimento fácil com o passado (não estamos a sentir alegria com coisas do passado como se elas fossem uma realidade presente – ou seja – não somos saudosistas).
Mais: Nostalgia não é esperança (aquele tempo acabou; não queremos que volte).
Nostalgia é apenas gratidão.
Um abraço e sempre às tuas ordens canadianas,
Raposo
um brilhante ex-pósmoderno.
Obrigado pelo mail. Obrigado pela crítica.
Mas, qual é o problema com a nostalgia do Sinédrio? Fico contente por teres padrões de qualidade tão altos para com o nosso pasquim. Queres análise? Nem sempre é possível. O trabalho (no qual temos de fazer verdadeira análise – e esta análise é o nosso ganha pão), por vezes, não permite grandes divagações.
Mais: como já confessaste, estás a sentir aquela coisa que pica o neurónio tuga: a saudade. Ora, “Saudade” é a tradução portuguesa de “Nostalgia”. O Sinédrio e o Arte da Fuga estão a atravessar uma fase nostálgica? Certo. E depois? Os homens têm duas certezas: morrem e não conseguem apagar o passado. Tudo o resto é mutável, menos estas duas pequenas coisas.
Mais: Nostalgia não é lamentação (não estamos a lamentar o que deveria ter sido).
Mais: Nostalgia não é comprazimento fácil com o passado (não estamos a sentir alegria com coisas do passado como se elas fossem uma realidade presente – ou seja – não somos saudosistas).
Mais: Nostalgia não é esperança (aquele tempo acabou; não queremos que volte).
Nostalgia é apenas gratidão.
Um abraço e sempre às tuas ordens canadianas,
Raposo
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