O outro Eixo
Iran has vowed to back Syria against "challenges and threats" as both countries face strong US pressure.
Numa altura em que é tida como certa a presença de centros operacionais das forças insurgentes iraquianas no seu território, Damasco opta por uma estratégia de crispação diplomática com os Estados Unidos, tento como parceiro natual o Irão de aspirações nucleares.
A opção é mais um passo no suicida jogo de equilíbrio entre a popularidade interna e regional do regime e um progressivo isolamento internacional da Síria. As suspeitas de mãos sírias no assassinato do ex-PM libanês, o Syrian Accountability Act de 2003 a menção de Damasco no State of the Union Address de 2005, bem como o esforço de requalificação do seu armamento defensivo abre sérias preocupações para a estabilidade regional. O State Department já se expressou pela retirada da sua enviada diplomática, mas a situação começa a agravar-se com os votos de união de esforços entre o Irão e a Síria.
A reunião de hoje entre o vice-presidente iraniano e o PM sírio e o resultante plano de acção conjunta representam tanto a continuidade do autismo iraniano como uma Síria cada vez mais ousada no sistema internacional. Estas políticas de união de esforços junto da volatilidade iraquiana e da progressão libanesa só será um factor de destabilização regional, especialmente dada a presença militar síria em território libanês.
Quando se prevê uma resposta sólida da política externa americana, seria um erro um abstencionismo europeu nesta questão. Ainda que, no curto prazo, Israel detenha o monopólio regional das preocupações face ao escalar da situação, a aproximação geográfica das tensões às fronteiras de uma futura União Europeia alargada terá de resultar num presença firme da diplomacia europeia, em comunhão com os esforços de Washington.
Os esforços sírios de rearmamento e a progressiva audácia internacional de Teerão só podem suscitar uma resposta dentro de tradicionais moldes realistas.
"The whole Iranian nation is united against any threat or attack. If the invaders reach Iran, the country will turn into a burning hell for them."
Estas palavras do Presidente Khatami, ainda que mais orientadas para o público doméstico, afastam sérias esperanças de abertura do regime. A tradicional visão do Irão dilacerado entre os intuitos democratizantes do poder político legítimo e o radicalismo religioso dos Mullahs começa a perder sentido. Um Eixo Damasco-Teerão será um péssimo cenário para a resposta diplomática às aspirações nucleares iranianas e o regime de Mubarak bem como a Arábia Saudita, ainda que não formalmente, poderão ajudar a consolidar um bloco de hostilidade internacional.
Numa altura em que é tida como certa a presença de centros operacionais das forças insurgentes iraquianas no seu território, Damasco opta por uma estratégia de crispação diplomática com os Estados Unidos, tento como parceiro natual o Irão de aspirações nucleares.
A opção é mais um passo no suicida jogo de equilíbrio entre a popularidade interna e regional do regime e um progressivo isolamento internacional da Síria. As suspeitas de mãos sírias no assassinato do ex-PM libanês, o Syrian Accountability Act de 2003 a menção de Damasco no State of the Union Address de 2005, bem como o esforço de requalificação do seu armamento defensivo abre sérias preocupações para a estabilidade regional. O State Department já se expressou pela retirada da sua enviada diplomática, mas a situação começa a agravar-se com os votos de união de esforços entre o Irão e a Síria.
A reunião de hoje entre o vice-presidente iraniano e o PM sírio e o resultante plano de acção conjunta representam tanto a continuidade do autismo iraniano como uma Síria cada vez mais ousada no sistema internacional. Estas políticas de união de esforços junto da volatilidade iraquiana e da progressão libanesa só será um factor de destabilização regional, especialmente dada a presença militar síria em território libanês.
Quando se prevê uma resposta sólida da política externa americana, seria um erro um abstencionismo europeu nesta questão. Ainda que, no curto prazo, Israel detenha o monopólio regional das preocupações face ao escalar da situação, a aproximação geográfica das tensões às fronteiras de uma futura União Europeia alargada terá de resultar num presença firme da diplomacia europeia, em comunhão com os esforços de Washington.
Os esforços sírios de rearmamento e a progressiva audácia internacional de Teerão só podem suscitar uma resposta dentro de tradicionais moldes realistas.
"The whole Iranian nation is united against any threat or attack. If the invaders reach Iran, the country will turn into a burning hell for them."
Estas palavras do Presidente Khatami, ainda que mais orientadas para o público doméstico, afastam sérias esperanças de abertura do regime. A tradicional visão do Irão dilacerado entre os intuitos democratizantes do poder político legítimo e o radicalismo religioso dos Mullahs começa a perder sentido. Um Eixo Damasco-Teerão será um péssimo cenário para a resposta diplomática às aspirações nucleares iranianas e o regime de Mubarak bem como a Arábia Saudita, ainda que não formalmente, poderão ajudar a consolidar um bloco de hostilidade internacional.
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