sábado, março 12, 2005

Adeus Burundi, Olá Chile

Um país civilizado depende de leis e não de pessoas. Por isso, sempre achei deprimentes as longas cerimónias de “beija mão” que marcavam a posse do primeiro-ministro. Uma longa fila de servos aguardava para beijar a mão do escolhido pela vontade geral. A fila, no fundo, representava Portugal: um país que vive sem vergonha à sombra do estado. O fenómeno chegou a ter três horas de “comprimento”. Um indivíduo do Burundi sentir-se-ia em casa, com certeza.
Hoje, espantosamente, a cerimónia que ungiu José Sócrates durou apenas uma hora. Bom... mas ainda não chega, Sr. Engenheiro. Uma hora de cerimónia coloca-nos na metade da tabela, a par de uma república das bananas aceitável. Um quarto de hora de cerimónia é a medida civilizacional que se pede.