segunda-feira, março 07, 2005

Lembrete

Relembro aos mais esquecidos que a aliança portuguesa com os EUA é uma das linhas constantes do Portugal democrático. A outra é, naturalmente, a Europa e todo o processo de integração europeu. Com um papel de capital relevância na consolidação do regime democrático português - embora isto custe a muito boa gente, ainda hoje, que preferia a URSS, a Albânia ou a China - estes dois vectores estão na base do Portugal actual. Os partidos do arco democrático, repito, do arco democrático - PS, PSD e CDS - nunca os puseram em causa, salvo o período PP com aquele discurso anti-europeísta primário.
Sou da opinião que a ligação com os EUA é de estrutural importância para a já pouca relevância externa de Portugal. Acredito mesmo que Portugal privilegia a Aliança Atlântica (conceito mais lato que NATO) por convicção, e a UE por interesse. Para além disto, a própria condição de equilíbrio ibérico sempre obrigou o país a alianças com a potência marítima do sistema. Foi assim com a Grã Bretanha, é assim com os EUA.
Creio que o PS, enquanto partido responsável, e José Sócrates, como Primeiro ministro que é, não porão em causa nada disto.
Também por isto acredito que Diogo Freitas do Amaral não se manterá muito tempo nas Necessidades.