O Francisco, Nova Iorque, Londres e… Lisboa
Francisco,
o que acabaste de descrever tem um nome: Cosmopolitismo. Algumas pessoas confundem isso com Multiculturalismo. Estão completamente erradas. O Cosmopolitismo junta as pessoas numa plataforma comum. O Multiculturalismo tem o condão de separar as mesmas pessoas, criando plataformas separadas. Cria guetos. Guetos financiados... mas guetos.
Reconheço a emoção que estás a sentir. Senti-a quando deixei Londres, depois de uma semana mágica (algures no final de 2004; sozinho na LSE e percorrendo a Charing Cross todos os dias, comprando livros até cair de indigestão bibliómana). Londres, tal como Nova Iorque, acolhe-nos de imediato. Assim que saímos do aeroporto já estamos em casa. Não nos sentimos estrangeiros. Somos, de imediato, vizinhos das gentes locais. É essa a grandeza anglo-saxónica: transforma “estranhos” em “vizinhos”.
Não sou nada de viagens. Acho que o actual culto turístico é só mais uma forma de fuga à realidade. Mas há sítios e sítios. Nunca pensei que alguém se pudesse apaixonar por uma cidade. Mas eu estou literalmente tomado de beicinho por Londres. Tal como tu “estás de quatro” por NY.
Camarada: o Homem só inventou ainda uma forma segura de curar a coita amorosa: copos e amigos. E Lisboa até pode não ser a melhor cidade do mundo, mas é a cidade dos copos e dos amigos. E tem esse estranho condão: é a nossa casa.
«E no final, voltamos sempre para casa» (Hesse; algures)
Um abraço,
Henrique Raposo
o que acabaste de descrever tem um nome: Cosmopolitismo. Algumas pessoas confundem isso com Multiculturalismo. Estão completamente erradas. O Cosmopolitismo junta as pessoas numa plataforma comum. O Multiculturalismo tem o condão de separar as mesmas pessoas, criando plataformas separadas. Cria guetos. Guetos financiados... mas guetos.
Reconheço a emoção que estás a sentir. Senti-a quando deixei Londres, depois de uma semana mágica (algures no final de 2004; sozinho na LSE e percorrendo a Charing Cross todos os dias, comprando livros até cair de indigestão bibliómana). Londres, tal como Nova Iorque, acolhe-nos de imediato. Assim que saímos do aeroporto já estamos em casa. Não nos sentimos estrangeiros. Somos, de imediato, vizinhos das gentes locais. É essa a grandeza anglo-saxónica: transforma “estranhos” em “vizinhos”.
Não sou nada de viagens. Acho que o actual culto turístico é só mais uma forma de fuga à realidade. Mas há sítios e sítios. Nunca pensei que alguém se pudesse apaixonar por uma cidade. Mas eu estou literalmente tomado de beicinho por Londres. Tal como tu “estás de quatro” por NY.
Camarada: o Homem só inventou ainda uma forma segura de curar a coita amorosa: copos e amigos. E Lisboa até pode não ser a melhor cidade do mundo, mas é a cidade dos copos e dos amigos. E tem esse estranho condão: é a nossa casa.
«E no final, voltamos sempre para casa» (Hesse; algures)
Um abraço,
Henrique Raposo
2 Comments:
"copos e amigos"... pois.
Então e as namoradas? Não esqueçamos as namoradas.
Henrique",
Explica melhor porque é que "Cosmopolitismo junta as pessoas numa plataforma comum. O Multiculturalismo tem o condão de separar as mesmas pessoas". é um assunto interessante que merece um poste..
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