sexta-feira, abril 29, 2005

"Oito Mulheres" - Ozon e as Mulheres

Para o meu amigo Felipe Diogo,
o meu pós-moderno preferido.


Por norma, não consigo gostar de filmes marcadamente pós-modernos. Não aprecio aquela ideia de fundir géneros. Gosto ainda menos da fractura do fio narrativo. É por isso que Clint Eastwood, o último grande clássico, tem um pequeno altar lá em casa.

Mas, claro, nada é absoluto. A minha recusa do cinema pós-moderno não é radical. Tenho em alta consideração dois cineastas pós-modernos. O Tarantino e o Ozon.

Aliás, o Ozon é, talvez, o único cineasta francês que… faz filmes. Ozon não filma… literatura. Filma mesmo. Filma personagens e não palavras. Mais: é provavelmente, o homem vivo que melhor sabe olhar e filmar a Mulher.
Vejam, hoje, o “Oito Mulheres” (RTP 1). Completamente pós-moderno, é certo (musical/suspense), mas respira cinema.