Good enough for Angelina, good enough for me…
A Spectator mais uma vez prestou um serviço público, agora em dose dupla. Primeiro deu-nos a conhecer o gosto de Angeline Jolie pela literatura erótica do Marquês de Sade (auch!), o que só por si fará maravilhas pela circulação subcutânea de muito boa gente. Segundo, ficámos a saber que no seu sofá repousa a mais recente obra de Jeffrey Sachs.
Não se deixar enganar pelo prefácio de Bono. Jefferey Sachs não é o protótipo intelectual anti – globalização, mas antes o produto académico de Harvard, responsável pelo Earth Institute da Columbia University e conselheiro de inúmeros executivos inflaccionários.
O que é surpreendente em Sachs é que ao contrário de todos os recorrentes planos para a erradicação da pobreza, o seu não faz o meu (delicioso) Spaghetti Alla Boscaiola depender da capacidade de produção de manjerona de um pequeno agricultor no Mali.
Para Sachs a solução passa pela disseminação de capital de uma forma global. Incursões maciças de capital ocidental em África sob a forma de investimento ou produção deslocalizada é a receita liberal para a elevação do capital infra-estrutural e humano local. Para Sachs o outsourcing ocidental da produção, ao contrário da cartilha anti-globalização, será benéfico para o Terceiro Mundo, uma vez que o livre capitalismo empresarial trará como resultado directo a difusão in loco de capitais.
Para Sachs a solução passa pela disseminação de capital de uma forma global. Incursões maciças de capital ocidental em África sob a forma de investimento ou produção deslocalizada é a receita liberal para a elevação do capital infra-estrutural e humano local. Para Sachs o outsourcing ocidental da produção, ao contrário da cartilha anti-globalização, será benéfico para o Terceiro Mundo, uma vez que o livre capitalismo empresarial trará como resultado directo a difusão in loco de capitais.
Good enough for Angelina, good enough for me…
2 Comments:
Mas ele evita o essencial: as causas políticas da pobreza.
De facto, essa é a lacuna mais evidente, talvez a sua proximidade profissional para com o Alto Comissariado da ONU e para com alguns governos sub-saharianos. Mas o contributo económico, ainda assim, não perde a sua validade.
Um abraço
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