Terrorismo, um offspring da Esquerda?
As declarações de Ribeiro e Castro sobre a correlação entre o terrorismo contemporâneo e a Esquerda têm suscitado as mais diversas reacções. Umas ridículas, outras teoricamente estruturadas e até gaffes eleitorais.
A realidade é que o terrorismo que inaugurou o século XX, pela mão de Gavrilo Princip, é indiscutivelmente de Esquerda. Da mesma forma, a grande parte de todos os actos de terror do século passado tiveram a sua base ideológica à Esquerda. Mas, daí a afirmar que o terrorismo contemporâneo é filho da Esquerda, vai um longo caminho que advinha falácia histórica.
Sim, o terrorismo islâmico contemporâneo adoptou a base funcional e ideológica do terrorismo de Esquerda europeu do século XX. Sim, o fenómeno terrorista que assolou a Europa e o Mundo na segunda metade do século passado foi, maioritariamente de Esquerda. Sim, lá para terras gaulesas existiu em tempos um regime político apelidado de “Terror” que concedeu ao terrorismo uma entidade nominal e uma inspiração para o extremo e violento exercício político. O Henrique será, decerto, capaz de compilar uma extensa lista bibliográfica que comprove estes factos.
Mas a falácia de Ribeiro e Castro encontra-se escondida na sua própria frase: “o terrorismo contemporâneo”. Na realidade, não há uma barreira cronológica ou um facto paradigmático que isole algo como o “terrorismo contemporâneo”. O uso político do Terror na idade contemporânea é constituído por práticas e bases ideológicas empilhadas pela experiência e pelos resultados. O seu berço é feito da experiência e suas repercussões políticas. O Terror é, assim, um fenómeno gradual sem limites cronológicos. Algo que extravasa no tempo, a própria dicotomia Esquerda-Direita.
A sua natureza ou infância não é de Esquerda, mas minoritária. Minoritária face ao consenso político, minoritária face à potência ocupante ou invasora, minoritária face à nacionalidade dominante, etc.
O Terror, de Esquerda, de Direita, feudal ou proto-histórico passa, simplesmente, pelo recurso de uma minoria a acções de violência para frisar objectivos políticos.
E até alguém conseguir provar que no colete de pele do Viriato estava um cartão de militante da LUAR, essa continuará a ser o berço do terrorismo. A minoria.
Agora, que partilho com Ribeiro e Castro a preocupação pela adaptação iconoclasta de genocidas com figuras da Esquerda pop, isso partilho.
A realidade é que o terrorismo que inaugurou o século XX, pela mão de Gavrilo Princip, é indiscutivelmente de Esquerda. Da mesma forma, a grande parte de todos os actos de terror do século passado tiveram a sua base ideológica à Esquerda. Mas, daí a afirmar que o terrorismo contemporâneo é filho da Esquerda, vai um longo caminho que advinha falácia histórica.
Sim, o terrorismo islâmico contemporâneo adoptou a base funcional e ideológica do terrorismo de Esquerda europeu do século XX. Sim, o fenómeno terrorista que assolou a Europa e o Mundo na segunda metade do século passado foi, maioritariamente de Esquerda. Sim, lá para terras gaulesas existiu em tempos um regime político apelidado de “Terror” que concedeu ao terrorismo uma entidade nominal e uma inspiração para o extremo e violento exercício político. O Henrique será, decerto, capaz de compilar uma extensa lista bibliográfica que comprove estes factos.
Mas a falácia de Ribeiro e Castro encontra-se escondida na sua própria frase: “o terrorismo contemporâneo”. Na realidade, não há uma barreira cronológica ou um facto paradigmático que isole algo como o “terrorismo contemporâneo”. O uso político do Terror na idade contemporânea é constituído por práticas e bases ideológicas empilhadas pela experiência e pelos resultados. O seu berço é feito da experiência e suas repercussões políticas. O Terror é, assim, um fenómeno gradual sem limites cronológicos. Algo que extravasa no tempo, a própria dicotomia Esquerda-Direita.
A sua natureza ou infância não é de Esquerda, mas minoritária. Minoritária face ao consenso político, minoritária face à potência ocupante ou invasora, minoritária face à nacionalidade dominante, etc.
O Terror, de Esquerda, de Direita, feudal ou proto-histórico passa, simplesmente, pelo recurso de uma minoria a acções de violência para frisar objectivos políticos.
E até alguém conseguir provar que no colete de pele do Viriato estava um cartão de militante da LUAR, essa continuará a ser o berço do terrorismo. A minoria.
Agora, que partilho com Ribeiro e Castro a preocupação pela adaptação iconoclasta de genocidas com figuras da Esquerda pop, isso partilho.
2 Comments:
Muito bem! Haja alguém com bom senso.
As afirmações de Ribeiro e Castro, por muitos aplaudidas, são no mínimo perigosas.
Assumir o todo pela parte, com o objectivo de atacar o adversário ideológico – ainda para mais quando se fala de um tema tão melindroso como o terrorismo - é um exercício de propaganda desonesto e manipulador que revela uma tendência para o oportunismo extremista.
Como ele, podia, agora, generalizar que esta tendência é oriunda da direita! Mas não, tal como o terrorismo, a propaganda é uma arma sem pátria ideológica, serve qualquer senhor disposto a desvirtuar e destruir o que for necessário para atingir os seus fins.
Uma conclusão podemos tirar, a intifada da direita ideológica contra os “infiéis” está aí e o terrorismo intelectual é a sua arma de eleição.
Tenho consciência de que é uma fórmula já gasta associar os líderes do CDS-PP através das suas declarações inócuas e descabidas, aos líderes fascistas do século XX, mas sempre foi prática corrente do pensamento de direita estabelecer uma relação entre os males do mundo e as minórias sejam elas étnicas, políticas ou religiosas. A esquerda por sua vez justifica os males do mundo no imperialismo e no capitalismo. Ribeiro e Castro prova ser um indivíduo com uma extrema falta de capacidade de análise e de conhecimentos históricos e Jerónimo de Sousa um indivíduo sem argumentação.
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