Capacidade Nuclear da Coreia do Norte
Aí está. Aquilo que todos já sabiam mas que não queriam ouvir.
Segundo o Ministro dos Estrangeiros Norte-Coreano a Coreia do Norte produziu e tem na sua posse armas nucleares. Para auto-defesa, segundo ele. Num claro e admitido jogo de confrontação com o Ocidente, o regime comunista despótico liderado pelo tarado Kim Jong Il assumiu pela primeira vez a sua capacidade nuclear.
Condoleezza Rice afirmou de imediato que não existem razões para que a Coreia do Norte pense que alguém a quer atacar, não se percebendo o porquê deste confronto através da posse das armas. "I think we just have to first look at the statement and then we need to talk with our allies,"disse Rice na sua viagem pela Europa.
Deste modo, e como já tinham afirmado entidades oficiais da Coreia do Sul, este país não podia ficar impávido e sereno a ver o vizinho do Norte a equipar-se tal como o tem feito. A novidade neste quadro é o assumir pela primeira vez que se possuem armas deste calibre.
O cenário tem especificidades regionais complexas. A presença norte-americana na Ásia e o crescimento da China - que inevitavelmente investirá também na sua capacidade militar futura - trazem desiquilíbrios na região que um Estado pária como a Coreia do Norte se recusa a aceitar. Mais: a doutrina Bush, embora amenizada pela conduta recente do State Department, não sossega o regime norte-coreano. Mas a ideia não é também esta. É mostrar que os equilíbrios na região serão mantidos num quadro de segurança multilateral, em contrapartida da abertura às inspecções internacionais ao armamento norte-coreano. A cooperação não tem gerado quaisquer frutos.
Mas terão apenas os EUA um papel a dizer nesta gravíssima questão? Ninguém quer comprar uma guerra nuclear com a Coreia do Norte. Mas, sendo assim, onde estão os outros blocos regionais de poder? Estou naturalmente a falar da UE.
Após as declarações sensatas da Secretária de Estado aguardam-se posições noutros centros de poder internacional. É assim que deve ser. Assumam os aliados as responsabilidades inerentes a essa condição. Fugir ou demitirem-se desta condição é desestabilizar uma parte do mundo e consequentemente o mundo inteiro. Acredito que não é isso que a UE pretende.
Aguardo as aparições dos senhores Solana e Barroso.
Segundo o Ministro dos Estrangeiros Norte-Coreano a Coreia do Norte produziu e tem na sua posse armas nucleares. Para auto-defesa, segundo ele. Num claro e admitido jogo de confrontação com o Ocidente, o regime comunista despótico liderado pelo tarado Kim Jong Il assumiu pela primeira vez a sua capacidade nuclear.
Condoleezza Rice afirmou de imediato que não existem razões para que a Coreia do Norte pense que alguém a quer atacar, não se percebendo o porquê deste confronto através da posse das armas. "I think we just have to first look at the statement and then we need to talk with our allies,"disse Rice na sua viagem pela Europa.
Deste modo, e como já tinham afirmado entidades oficiais da Coreia do Sul, este país não podia ficar impávido e sereno a ver o vizinho do Norte a equipar-se tal como o tem feito. A novidade neste quadro é o assumir pela primeira vez que se possuem armas deste calibre.
O cenário tem especificidades regionais complexas. A presença norte-americana na Ásia e o crescimento da China - que inevitavelmente investirá também na sua capacidade militar futura - trazem desiquilíbrios na região que um Estado pária como a Coreia do Norte se recusa a aceitar. Mais: a doutrina Bush, embora amenizada pela conduta recente do State Department, não sossega o regime norte-coreano. Mas a ideia não é também esta. É mostrar que os equilíbrios na região serão mantidos num quadro de segurança multilateral, em contrapartida da abertura às inspecções internacionais ao armamento norte-coreano. A cooperação não tem gerado quaisquer frutos.
Mas terão apenas os EUA um papel a dizer nesta gravíssima questão? Ninguém quer comprar uma guerra nuclear com a Coreia do Norte. Mas, sendo assim, onde estão os outros blocos regionais de poder? Estou naturalmente a falar da UE.
Após as declarações sensatas da Secretária de Estado aguardam-se posições noutros centros de poder internacional. É assim que deve ser. Assumam os aliados as responsabilidades inerentes a essa condição. Fugir ou demitirem-se desta condição é desestabilizar uma parte do mundo e consequentemente o mundo inteiro. Acredito que não é isso que a UE pretende.
Aguardo as aparições dos senhores Solana e Barroso.
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