domingo, março 13, 2005

O Polícia, a Musa e o Violador

Encontro um europeísta. A óbvia ruminação surge: “vês, a Europa respeita o diálogo”. Enquanto ele discursava, servindo-se dos meus ouvidos, pensei num argumento para uma curta. Cenário: uma cela fechada. Dentro da cela, encontramos uma musa de carnes marmóreas e reluzentes. Ainda dentro da cela (e em cima da matrona) está um violador desdentado. A terceira, e última personagem, está no lado de fora e não tem a chave da cela. Quem é? Um polícia pós-moderno. Tem um ramo de flores no coldre. A sua arma é a garganta afinada. Exige que o violador não toque na inebriante fêmea que tem à sua mercê. Pior: está mesmo convencido que poderá convencer o violador, mesmo não tendo a chave nem qualquer arma.
Alguém quer realizar este filme? Só exijo que o “casting” seja respeitado: a “Musa” é Bomba, o “Violador” é o Irão e, claro, o “Polícia” é a Europa.