A ONU e o Escândalo
Primeiro: em Portugal, ninguém fala do escândalo que envolve a ONU (No Iraque, o programa de “Petróleo por alimentos”, ainda no tempo de Saddam, deu dinheiro a muitos burocratas da ONU). Percebo porquê. Não se pode criticar o Vaticano dos tempos modernos.
O nosso tempo vive marcado por uma obsessão: como destruir "Westfalia". Em 1648, o tratado de Westfalia colocou ponto final na intromissão do Vaticano nos assuntos dos diversos estados. Hoje, os defensores do ideal pós-nacional ou pós-Westfalia (Habermas à cabeça), precisam, exactamente, de uma entidade supra-nacional que tutele os estados. O ONU surge, assim, como o “Vaticano” desta nova Utopia legalista.
Segundo: na imprensa internacional, o debate tem girado em redor da pessoa do “Papa” da ética comunicacional, Kofi Annan. Sinceramente, não interessa saber se o “Papa” do diálogo resolveu dar uma ajuda à empresa do filho (“quando Deus mandou alguém à terra, mandou o filho”). O problema da ONU não reside em pessoas concretas mas no próprio funcionamento institucional. Com o perfil actual, a ONU é um desafio aos valores demo-liberais (Líbia, Sudão, etc. na presidência de comités relevantes…).
É preciso dizer: os estados não são todos iguais. Não estamos a falar de dimensão e poder, mas de valores e preceitos institucionais. Não podemos aceitar que um regime ditatorial tenha a mesma legitimidade de um regime demo-liberal, seja ele Portugal ou a Coreia do Sul (sim, porque a outra, a do tipo da poupa, até pode ser uma democracia, mas não é uma democracia liberal – era isto que o deputado do PCP queria dizer, não era?).
Se a ONU não der este passo qualitativo, continuará a ser um depósito de gente pouco recomendável. A ONU deve libertar-se do espartilho politicamente correcto, sobretudo dos complexos da agenda multiculturalista. Esta “corrente” impede qualquer crítica sensata sobre regimes não-ocidentais, e, simultaneamente, afirma que o Ocidente precisa de um suplemento vitamínico de outras culturas. De acordo em relação à segunda parte. Mas, francamente, não é nada de novo: o Ocidente sempre foi uma civilização de síntese.
O nosso tempo vive marcado por uma obsessão: como destruir "Westfalia". Em 1648, o tratado de Westfalia colocou ponto final na intromissão do Vaticano nos assuntos dos diversos estados. Hoje, os defensores do ideal pós-nacional ou pós-Westfalia (Habermas à cabeça), precisam, exactamente, de uma entidade supra-nacional que tutele os estados. O ONU surge, assim, como o “Vaticano” desta nova Utopia legalista.
Segundo: na imprensa internacional, o debate tem girado em redor da pessoa do “Papa” da ética comunicacional, Kofi Annan. Sinceramente, não interessa saber se o “Papa” do diálogo resolveu dar uma ajuda à empresa do filho (“quando Deus mandou alguém à terra, mandou o filho”). O problema da ONU não reside em pessoas concretas mas no próprio funcionamento institucional. Com o perfil actual, a ONU é um desafio aos valores demo-liberais (Líbia, Sudão, etc. na presidência de comités relevantes…).
É preciso dizer: os estados não são todos iguais. Não estamos a falar de dimensão e poder, mas de valores e preceitos institucionais. Não podemos aceitar que um regime ditatorial tenha a mesma legitimidade de um regime demo-liberal, seja ele Portugal ou a Coreia do Sul (sim, porque a outra, a do tipo da poupa, até pode ser uma democracia, mas não é uma democracia liberal – era isto que o deputado do PCP queria dizer, não era?).
Se a ONU não der este passo qualitativo, continuará a ser um depósito de gente pouco recomendável. A ONU deve libertar-se do espartilho politicamente correcto, sobretudo dos complexos da agenda multiculturalista. Esta “corrente” impede qualquer crítica sensata sobre regimes não-ocidentais, e, simultaneamente, afirma que o Ocidente precisa de um suplemento vitamínico de outras culturas. De acordo em relação à segunda parte. Mas, francamente, não é nada de novo: o Ocidente sempre foi uma civilização de síntese.
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