PSD não é de direita e o CDS não acorda, ou como Portugal será um país sem partidos de direita
Tens toda a razão, Bernardo.
O PSD não é de direita. Foi de direita na era de Sá Carneiro. Depois disso, estabeleceu-se a direita positivista. Perdão: “direita positivista” é uma contradição em si mesmo. Sejamos frios na análise: depois de Sá Carneiro, os positivistas tomaram conta do PSD. Cavaco e Durão não são de direita. São burocratas. O Dr. Marques Mendes é dessa linha. Vivem sob o mito do “centrão”. Atenção: têm todo o direito ao seu positivismo. Mas nós temos o dever de dizer que não são de direita. Nem liberais, nem conservadores.
O PSD tem um sério problema. O 11 de Setembro, como qualquer grande acontecimento geo-político, relançou o debate ideológico. Ouviu-se com frequência: «descobri que era de direita após o 11 de Setembro». Ora, a conversa ideológica voltou em força e, claro, o PSD não acompanhou esta deriva. O PSD é visto como o partido dos burocratas apolíticos. Esta visão é comum nas gerações mais novas. Ora, se isto não mudar, se o PSD não reencontrar o caminho de Sá Carneiro (partido que apresenta uma visão para a sociedade e não apenas contas para o estado), o PSD não vai conseguir renovar o seu eleitorado. A "malta" quer debate ideológico. A "malta" já não usa calculadora.
O PSD deveria ter o seguinte em atenção: o rotativismo não é uma inevitabilidade numa democracia madura. Por essa Europa fora, vários partidos “grandes” têm ficado fora do poder durante uma geração inteira. Porquê? Não souberam respeitar o “ar do tempo” ideológico.
Mas o drama não fica por aqui. À direita do PSD, o CDS também não percebe o “ar do tempo” e, por isso, continua agarrado a um eleitorado que vai morrer nos próximos 20 anos.
Se isto continua, os meus filhos viverão num país sem um único partido minimamente liberal. Se calhar, Portugal é um país estruturalmente anti-liberal. Se calhar, Portugal vai ser sempre uma colónia ideológica de França.
O PSD não é de direita. Foi de direita na era de Sá Carneiro. Depois disso, estabeleceu-se a direita positivista. Perdão: “direita positivista” é uma contradição em si mesmo. Sejamos frios na análise: depois de Sá Carneiro, os positivistas tomaram conta do PSD. Cavaco e Durão não são de direita. São burocratas. O Dr. Marques Mendes é dessa linha. Vivem sob o mito do “centrão”. Atenção: têm todo o direito ao seu positivismo. Mas nós temos o dever de dizer que não são de direita. Nem liberais, nem conservadores.
O PSD tem um sério problema. O 11 de Setembro, como qualquer grande acontecimento geo-político, relançou o debate ideológico. Ouviu-se com frequência: «descobri que era de direita após o 11 de Setembro». Ora, a conversa ideológica voltou em força e, claro, o PSD não acompanhou esta deriva. O PSD é visto como o partido dos burocratas apolíticos. Esta visão é comum nas gerações mais novas. Ora, se isto não mudar, se o PSD não reencontrar o caminho de Sá Carneiro (partido que apresenta uma visão para a sociedade e não apenas contas para o estado), o PSD não vai conseguir renovar o seu eleitorado. A "malta" quer debate ideológico. A "malta" já não usa calculadora.
O PSD deveria ter o seguinte em atenção: o rotativismo não é uma inevitabilidade numa democracia madura. Por essa Europa fora, vários partidos “grandes” têm ficado fora do poder durante uma geração inteira. Porquê? Não souberam respeitar o “ar do tempo” ideológico.
Mas o drama não fica por aqui. À direita do PSD, o CDS também não percebe o “ar do tempo” e, por isso, continua agarrado a um eleitorado que vai morrer nos próximos 20 anos.
Se isto continua, os meus filhos viverão num país sem um único partido minimamente liberal. Se calhar, Portugal é um país estruturalmente anti-liberal. Se calhar, Portugal vai ser sempre uma colónia ideológica de França.
2 Comments:
Não tenho palavras para descrever o que senti ao ler este seu post, caro Henrique, bem como o do seu colega, mesmo aqui em cima.
Agora percebo o porquê do caríssimo Bernardo ter retirado a possibilidade de os seus posts poderem ser comentados (talvez ande a aprender com a escola d`O Acidental...). Talvez por serem postadas inqualificáveis, mal fundamentadas, sectárias e não me alargo mais. São opiniões. Eu, como democrata, tenho mais é que respeitar as vossas, apesar de estar em total desacordo com as mesmas. Com o tempo, e quando tiver paciência, um dia faço-lhe um desenho. Já agora uma questão, que a mim me parece pertinente, aqui ao ex.mo sr.Pires de Lima: considera democrático o acto de debitar, debitar e debitar as suas verdades, sempre com um "pointing finger" dirigido à esquerda e depois não permitir o contraditório das mesmas?
E ainda dizem que o PC e o BE é que não são democratas. É preciso ter lata.
Ex.mo Sr. Olhe que Não:
A mim e só a mim cabe decidir se abro os meus posts a comentários ou não. Tenho todo o gosto em debater consigo, civilizadamente, desde que tenha um blog. Não tenho por hábito aceitar comentários apenas e só porque não estou na disposição de ser insultado por umas quantas bestas que por aí andam. Se não gosta do que eu escrevo vá dar uma curva a outro blog. Eu agradeço.
Como não escrevo para agradar a ninguém - nem tão pouco para forçar ninguém a aderir às minhas ideias - mas sim porque me apetece (esta coisa dos blogs tem isso de positivo)convido-o a ir "fazer o seu contraditório" para o seu blog. Pode ser que tenha sucesso. É o que lhe desejo.
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