quinta-feira, junho 02, 2005

Federalismos e Federalismos

Plenamente de acordo com o Luciano Amaral no DN de hoje:

«[...]A Itália existe como país em resultado de uma união de Estados ocorrida recentemente (em 1861), o mesmo acontecendo com a Alemanha (1871). Apontasse a União para um verdadeiro federalismo, construído de acordo com regras democráticas e estabelecendo com clareza as fronteiras entre poderes federais e regionais, porque não considerar a alternativa, desde que ela constituísse uma hipótese politicamente credível, vantajosa e aceite pelos povos da Europa? Afinal, estaríamos apenas perante a substituição de uma nação por outra. Mas o que está posto na mesa nada tem que ver com isso. O tratado não dá origem a uma federação, e ao mesmo tempo dilui de forma confusa e arbitrária o poder das nações. O tratado ameaça, portanto, as comunidades nacionais democráticas existentes, não dando origem a uma nova comunidade política válida, sólida e igualmente democrática. Se a alternativa é entre as nações existentes (com as suas tradições políticas e o seu enquadramento democrático) dentro do quadro da União já em vigor e uma verdadeira monstruosidade política, que estraga o que existe sem criar nada de válido em substituição, salvemos então o que existe».

1 Comments:

Blogger Henrique Raposo said...

Este é "o" artigo em relação a tudo isto.

5:51 da tarde  

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