quinta-feira, junho 30, 2005

“The honorable gentleman from Ochil & South Perthshire…”

Ainda que compreenda as razões de Blair para a introdução de um Bilhete de Identidade na Grã-Bretanha, a reacção à sua proposta não deixa de evidenciar aquele espírito Liberdade secular britânica. Deixo-vos aqui um pequeno excerto da crónica de Elizabeth Nas, hoje “emprestada” pelo The Independent ao Público:

“Cidadãos cumpridores da lei-para usar uma das nossas expressões favoritas-nunca tiveram que revelar a sua identidade, paradeiro, local de origem ou qualquer outro dado às autoridades, ou dar contas de si de nenhuma forma. Se um polícia quer saber quem somos, pergunta. A não ser que nos esteja a prender por um crime específico, não temos que responder. Se estamos sob suspeita, podemos acompanhar o polícia à esquadra e ajudá-lo com as suas investigações.”

É o mesmo “excepcionalismo” institucional que discorre de um debate parlamentar britânico. Para quem os gosta de acompanhar, via SKY Kews, facilmente reconhece essa apaixonante política rápida, onde a honra e a ironia respeitosa assumem o protagonismo. É uma realidade distante onde o pragmatismo momentâneo se entrelaça com a tradição secular numa lógica muito distante do monolítico discurso ideológico.
Por vezes compreendo João Carlos Espada, por vezes...

1 Comments:

Blogger Henrique Raposo said...

Isso, continua a ler Burke. Com essa do B.I., Blair mostra que, afinal, é mesmo de esquerda. liberal, mas esquerda liberal.

9:57 da manhã  

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