terça-feira, agosto 30, 2005

Leituras

Ao contrário do meu caro Henrique que se apaixona pela ideia e pelo conceito, eu devo confessar a minha preferencia pela acção e pelos jogos de poder. O prazer e obrigações académica têm-me levado para os lados da política externa e doméstica espanhola e pelo passado recente da relação peninsular.
Entre várias leituras não posso deixar de fazer algumas recomendações:

Sebastián Royo (ed.), Portugal, Espanha e a Integração Europeia

Gillespie, Rodrigo e Story, Democratic Spain: reshaping external relations in a changing world (obrigado Bernardo)

Paul Preston, Juan Carlos: Steering Spain from Dictatorship to Democracy

Maxwell e Spiegel, The New Spain: From Isolation to Influence

Balfour e Preston, Spain and the Great Powers in the Twentieth Century

Gil e Tulchin, Spain’s Entry Into NATO

Preston, The Triumph of Democracy in Spain

Armero, Política Exterior de España en democracia

Wiranda, The Iberian-Latin American Connection: Implications for US Policy

23-F de 1981

Tajero de Molina ainda nao sabe, mas mais do que a disparar para o tecto, está a dar um tiro no pé


Para se compreender a política externa espanhola importa ter em conta o seu profundo pragmatismo e para uma real conceptualização da relação peninsular é obrigatório exorcizar mitos e fantasmas, como os que afirmam um paralelismo romântico entre as duas transições democráticas ibéricas.
Ao contrário da folk tale tradicional, mais do que inspiração, a Espanha do imediato pós-fraquismo foi buscar ao Portugal de 74-75 o temor insurreccional e o exemplo da desagregação política e económica que a impeliu para uma transição pacífica e pactada.
Portugal e Espanha, nas suas políticas externas partilham a dicotomia entre o Atlântico e a Europa e, em Democracia, ambas contrariaram o novecentista Talleyrand que um dia afirmou que “a Europa acabava nos Pirineus”, mas foi a política externa espanhola que mais sofreu mutações.
Exemplos como o recurso ao atlanticismo pragmático com a adesão à NATO (1982-confirmada por referendo popular em 1986), como etapa necessária à integração europeia; a promoção histórica de relações preferenciais com o Magrebh e a revitalização recente da Hispanidad Latino-Americana, provam que a política externa espanhola é movida pelo interesse e pela projecção nacional.
Um exemplo seguido e a seguir atentamente.


1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Gostei da seleçao dos livros pois é um tema que me interessa muito. O livro de Sebastian Royo é muito interessante. Só um pormenor caro Gonçalo, é Tejero.

8:17 da tarde  

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