quarta-feira, setembro 07, 2005

Opinião Publica

Um estudo de opinião divulgado hoje mostra que a opinião pública europeia (e, provavelmente, mundial) está a transformar-se crescentemente anti - americana.
Há neste dado três aspectos relevantes.
O primeiro remete-nos para a importância da comunicação social ocidental e da campanha sistematica de anti - americanismo primário operada pela mesma. É preciso que os amigos dos EUA ( e, sobretudo, todos aqueles que percebem a importância da relação transatlântica para Portugal) venham para o terreno combater esta trama perigosa.
O segundo consiste na necessidade da Administração norte - americana (a actual ou outras futuras) perceber que a America não pode ficar isolada, cercada por um mundo que a odeia. É preciso que os dirigentes norte - americanos definam uma política de longo prazo destinada a combater o crescente sentimento anti - americano.
Finalmente, e este aspecto é talvez o mais sensível, o estudo demonstra que a opinião pública europeia não percebe nada do que se está a passar actualmente no mundo. Não percebe que os tempos são de guerra e que está não envolve apenas os EUA, mas também a Europa (vide, os atentados em Espanha e no Reino Unido). Não percebe que o fundamentalismo islâmico preconiza um novo imperialismo (ele sim é imperialista) direccionado em primeira instância contra o Ocidente, todo ele, sem excepção. Não percebe que apenas a unidade da Europa e dos EUA permite combater este imperialismo e que para isso é fundamental que ambos sejam cada vez mais fortes. E não percebe que, embora muitos interesses dividam os dois lados do Atlântico, estamos unidos (entre muitos outros aspectos) pelo interesse primordial de qualquer Estado - a segurança, instrumental da nossa própria sobrevivência.
A história demonstra que quem não é capaz de perceber quem são os seus verdadeiros aliados, e os seus reais inimigos, e confunde uns com os outros, está condenado a desaparecer.
Por tudo isto importa que cada um faça o que está ao seu alcance para que a unidade atlântica volte às inteligências, e aos corações, dos europeus (e dos americanos).
Este é talvez o aspecto mais importante, e mais estrutural, da nossa actualidade global.

2 Comments:

Blogger Henrique Raposo said...

'tás em grande.

10:34 da manhã  
Blogger Gonçalo Curado said...

Não posso deixar de concordar, em absoluto, contigo.
Um abraço

1:02 da tarde  

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