A Spike Lee Joint
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Talvez pelas dificuldades que tem tido em arranjar financiamento, Spike Lee resolveu ir à fonte com um camião cisterna. Amor, sexo, confronto racial, corrupção, criminalidade de colarinho branco, homossexualidade (e dificuldade de adopção de crianças por casais homossexuais), poligamia, oposição política, feminismo, mobilidade social e moralidade são demasiado para 138 minutos de película, ainda com tempo para o habitual tributo aos mafiosi de Scorsese.
Spike Lee acabou por cometer o erro de que Michael Moore é exemplo máximo: acreditar que o espectador é uma tábua rasa, passiva e desejosa de doutrinação, desta vez a retalho. Só assim, se explica que um filme com Monica Bellucci, Jamel Debbouze, Anthony Mackie, John Turturro e ainda com tempo para um cameo de Q-Tip, seja uma obra menor. Mas as sombras de genialidade estão lá, escondidas, por exemplo, na qualidade do discurso e do monólogo. Spike Lee é capaz de muito melhor.
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