Torga e o Bom Senso
Num momento em que no Ocidente e no Oriente se assite a um delírio crescente, aqui ficam as palavras inteligentes de Miguel Torga:
«Segui o caudal humano calado, a ouvir vivas e morras, travado por não sei que incerteza, sem poder vibrar com o entusiasmo que me rodeava, na recôndita e vã esperança de ser contagiado. Há horas que são de todos. Porque não havia aquela de ser também minha? Mas não. Dentro de mim ressoava apenas uma pergunta: EM QUE OCEANO DE BOM SENSO IRIA DESAGUAR AQUELE DELÌRIO? Que oculta e avisada abnegação estaria pronta para guiar no caminho da história a cegueira daquela confiança?
A velhice é isto: ou se chora sem motivo, ou os olhos ficam secos de lucidez»
(Miguel Torga, Diário, Vol XII)
«Segui o caudal humano calado, a ouvir vivas e morras, travado por não sei que incerteza, sem poder vibrar com o entusiasmo que me rodeava, na recôndita e vã esperança de ser contagiado. Há horas que são de todos. Porque não havia aquela de ser também minha? Mas não. Dentro de mim ressoava apenas uma pergunta: EM QUE OCEANO DE BOM SENSO IRIA DESAGUAR AQUELE DELÌRIO? Que oculta e avisada abnegação estaria pronta para guiar no caminho da história a cegueira daquela confiança?
A velhice é isto: ou se chora sem motivo, ou os olhos ficam secos de lucidez»
(Miguel Torga, Diário, Vol XII)
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