segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Espelho meu…

Para além da habilidade política, do trato humano, da estratégia e de um curriculum limpo, qualquer futuro político passará por uma boa imagem pessoal.
Reparem no passado democrático nacional. Todas as grandes figuras partidárias e/ou executivas ostentaram um imagem sólida de Estado. Sá Carneiro, Mário Soares, Cavaco Silva, Durão Barroso, Paulo Portas, Ramalho Eanes e até Guterres, antes se parecer ligeiramente com um donut, todos tinham boa figura.
Agora reparem nos grandes flops nacionais. O companheiro Vasco serviu de modelo para o Jack Nicholsn no Voando sobre um Ninho de Cucos; Santana Lopes não percebeu que há uma diferença entre engatar no Stones e assinar o tratado constitucional europeu; Manuel Monteiro cometeu o erro fatal de contratar um geek do MIT como consultor de imagem e Miguel Portas até podia ter pinta não fosse aquela noite passada debaixo do reactor nuclear.
José Sócrates é o óptimo de Pareto do PM pós-moderno. A sua imagem é tão escandinava que poderia figurar no catálogo d IKEA. José Sócrates é José Luís Judas sem comprar roupa na feira.