Últimas Considerações I
Ultimamente tenho sido confrontado, da Esquerda à Direita, com interrogações follow up em relação à premissa do embaixador iraniano sobre se é realmente possível contabilizar o genocídio de 6 milhões de Judeus durante o Holocausto. Algumas dessas interrogações partiram de uma simples interrogação retórica, outras teriam uma clara intenção sensacionalista. Em relação às últimas, só posso dizer que o resultado foi absolutamente contraproducente. É me, hoje, absolutamente irrelevante saber se estamos perante 6 milhões, 4 milhões, 30 pessoas ou um cego e o seu cão. O choque moral já o sofri quando compreendi foi admissível para a mente humana assassinar em nome de um ideal, de uma utopia. Pol Pot, Lenine e Estaline, Hitler, Mao, Che Guevara e outros mais, todos partilharam essa premissa de que uma ideia justifica a repressão e a eliminação dos seus concidadãos, dos seus congéneres humanos. A barbárie com base intelectual não deixa de ser barbárie. E não há nada melhor para compreender isso do que visitar um campo de extermínio nazi (e sei que o Bernardo concorda comigo aqui) e sentir o vento aterrador que corta o silêncio.
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