O Tic Tac Iraniano I
O Bernardo já deu o mote com a sua análise do artigo de Gaddis e eu gostaria que este espaço Marcelo Rebelo de Sousa se tornasse tradição.
Há poucos dias acabei de ler o mais recente livro de Kenneth Pollack, The Persian Puzzle: The Conflict Between Iran and America. Para quem conhece a anterior de obra de K. Pollack, The Threatening Storm: The Case for Invading Iraq, a surpresa será grande.
The Threatening Storm foi uma obra fundamental para a consolidação doutrinária da opção de regime change face ao Iraque. Ainda que o livro tenha tido reduzida projecção europeia (só o encontrei graças a uma nota de rodapé), o capital académico de Pollack e a sua sólida reputação como analista da CIA e responsável pelos Assuntos do Golfo no NSC de Clinton, terão feito maravilhas em Washington, junto de mentes mais moderadas e reticentes face a uma intervenção militar. No entanto, a lógica de Pollack para uma opção militar era profundamente faseada e articulada e não se reviu na dinâmica da Administração Bush.
Há poucos dias acabei de ler o mais recente livro de Kenneth Pollack, The Persian Puzzle: The Conflict Between Iran and America. Para quem conhece a anterior de obra de K. Pollack, The Threatening Storm: The Case for Invading Iraq, a surpresa será grande.
The Threatening Storm foi uma obra fundamental para a consolidação doutrinária da opção de regime change face ao Iraque. Ainda que o livro tenha tido reduzida projecção europeia (só o encontrei graças a uma nota de rodapé), o capital académico de Pollack e a sua sólida reputação como analista da CIA e responsável pelos Assuntos do Golfo no NSC de Clinton, terão feito maravilhas em Washington, junto de mentes mais moderadas e reticentes face a uma intervenção militar. No entanto, a lógica de Pollack para uma opção militar era profundamente faseada e articulada e não se reviu na dinâmica da Administração Bush.
Desde 2002, Kenneth Pollack tem sido um acérrimo crítico da intervenção militar no Iraque, não da sua validade moral e estratégica, mas da forma como foi conduzida. A sobreposição da opção política, numa altura em que a prioridade seria a pura estratégia militar, bem como a condução das operações de pós-guerra e a prematura desvalorização de tácticas ofensivas, não foram bem digeridas pelo autor.
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