A Globalização depende dos Estados
1.Normalmente, a Globalização é apresentada como uma peça estrutural única e monolítica. Como se fosse um Ser antropomorfizado. Ora, a Globalização não existe enquanto Estrutura. E não é a matrona de carnes fétidas que conspurca o mundo. E Também não é a donzela virginal que santifica os locais por onde passa. Não é o inferno na terra (caricatura neo-marxista). Não é a salvação do Homem (sonho de alguns liberais excepcionalistas).
2. A Globalização não é uma mancha anónima que domina a vontade dos Estados. Existe Globalização porque alguns Estados assim pretendem. A Globalização não tem substância como o Estado. A Globalização é um processo – cultural, económico e ideológico - que ocorre entre Estados. E os Estados escolhem conscientemente participar na Globalização. E, atenção, poderão vir a recusá-la conscientemente. Não há mão invisível. Só há mão de ferro dos estados. E essa mão pode estar aberta... ou fechada em relação ao mundo exterior.
3. É bom não esquecer: já existiu uma Globalização. A primeira. A que vivemos é a segunda. Esse primeiro mundo cosmopolita acabou em 1914. Melhor: acabou quando o nacionalismo e o proteccionismo começaram a ser soluções conscientes dos estados. Hoje, a Índia e a China, por exemplo, querem voluntariamente a dita Globalização. Mas há quarenta anos recusavam a vitalidade do liberalismo económico que agora abraçam. Nada é linear na História. Tudo depende da vontade política dos homens.
A Globalização é um processo positivo para a ordem mundial? Sem dúvida. Mas temos de ter a consciência que não se sustenta por si só. Precisa de protecção política e estratégica das democracias liberais. A Globalização é uma gigantesca mas frágil peça de relojoaria.
4. Seria bom que os europeus acordassem. Para quê? Para apoiar Washington e Londres na tarefa de conferir solidez política e estratégica a este mundo global. Não há Liberdade - e a globalização é liberdade- sem Força. A Liberdade precisa de Poder. Sem Hobbes, não há Liberalismo.
5. Mais: seria bom que os europeus nem sequer pensassem em regressar ao proteccionismo. De uma coisa tenho a certeza: o proteccionismo costuma acasalar com o nacionalismo. E dessa cópula reaccionária costumam nascer uns tipos que gostam de andar aos tiros. Não podemos cometer o mesmo erro dos europeus do início do século XX, isto é, não podemos pensar que chegamos a um fim de história.
6. Portugal não precisa do resto da Europa para despertar para o mundo global.
2. A Globalização não é uma mancha anónima que domina a vontade dos Estados. Existe Globalização porque alguns Estados assim pretendem. A Globalização não tem substância como o Estado. A Globalização é um processo – cultural, económico e ideológico - que ocorre entre Estados. E os Estados escolhem conscientemente participar na Globalização. E, atenção, poderão vir a recusá-la conscientemente. Não há mão invisível. Só há mão de ferro dos estados. E essa mão pode estar aberta... ou fechada em relação ao mundo exterior.
3. É bom não esquecer: já existiu uma Globalização. A primeira. A que vivemos é a segunda. Esse primeiro mundo cosmopolita acabou em 1914. Melhor: acabou quando o nacionalismo e o proteccionismo começaram a ser soluções conscientes dos estados. Hoje, a Índia e a China, por exemplo, querem voluntariamente a dita Globalização. Mas há quarenta anos recusavam a vitalidade do liberalismo económico que agora abraçam. Nada é linear na História. Tudo depende da vontade política dos homens.
A Globalização é um processo positivo para a ordem mundial? Sem dúvida. Mas temos de ter a consciência que não se sustenta por si só. Precisa de protecção política e estratégica das democracias liberais. A Globalização é uma gigantesca mas frágil peça de relojoaria.
4. Seria bom que os europeus acordassem. Para quê? Para apoiar Washington e Londres na tarefa de conferir solidez política e estratégica a este mundo global. Não há Liberdade - e a globalização é liberdade- sem Força. A Liberdade precisa de Poder. Sem Hobbes, não há Liberalismo.
5. Mais: seria bom que os europeus nem sequer pensassem em regressar ao proteccionismo. De uma coisa tenho a certeza: o proteccionismo costuma acasalar com o nacionalismo. E dessa cópula reaccionária costumam nascer uns tipos que gostam de andar aos tiros. Não podemos cometer o mesmo erro dos europeus do início do século XX, isto é, não podemos pensar que chegamos a um fim de história.
6. Portugal não precisa do resto da Europa para despertar para o mundo global.
1 Comments:
"... E ao imenso e possivél oceano
Ensinam estas Quinas, que aqui vês,
Que o mar com fim será grego ou romano:
O mar sem fim é português...."
(FP)
Sobre globalização fomos os primeiros a dar a lição!
Cumprimentos
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