Virtualidades do passado e do futuro
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O currículo político do candidato é sempre um ponto essencial. Foi, aliás, a ausência de uma etiqueta de “clandestinidade anti-fascista” que demoveu o PS de apresentar António Guterres ou António Vitorino como candidatos moralmente viáveis.
Só quem hibernou nas décadas de 80 e 90 é que poderá duvidar da postura proactiva de Cavaco Silva face às Comunidades Europeias. As duas maiorias absolutas de Cavaco Silva, não só traduziram a integração europeia de Portugal em modernização económica e social do país como amplificaram o peso internacional do Estado pela sua presença activa tanto na CEE como na Aliança Atlântica.
A realidade é que em Janeiro não iremos eleger um director para o Museu República e Resistência mas um Presidente da República com um projecto e uma ideia para o futuro.
Se o debate eleitoral se centrar nas memórias da “voz de Argel” ou do exílio parisiense, o passaporte da democracia portuguesa para a idade adulta será, mais uma vez, adiado.
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