domingo, novembro 20, 2005

Romantismo do pior ou ainda há Esquerda?


Não conheço livro mais reaccionário, romântico e anti anti-iluminista.
Negri não é de Esquerda. Negri é um romântico da estirpe mais virulenta. Em comparação, Tönnies e Fichte são meninos da mamã. E ainda há gente que pensa que isto é o Capital do XXI. Se Empire é a Esquerda, faço só uma pergunta: Ainda há Esquerda?

7 Comments:

Blogger Joao Galamba said...

Henrique,

Comento aqui pois no acidental nao e possivel. Espero que nao leves a mal os meus comentarios sobre o que escreveste. Eu acho que tu estas agarrado a uma filosofia que ignora tudo o que se escreveu sobre o sujeito desde Hegel. Pode haver muito disparate nos pos-modernos, muito material para os nacionalistas beberem do Hegel, muito Nazismo no Heidegger, e comunismo no Merleau-Ponty, mas todos eles foram fundamentais para contestar uma concepcao do sujeito (que essa sim e essencialista) que vigorou ate Kant.
Quando eu falo de identidade contesto os essencialismos romanticos mais substancialistas, mas tambem o teu essencialismo de que pretende separar as pessoas da sua vida e daquilo que valorizam. Sao esencialismos certamente diferentes, mas partilham uma concepcao do sujeito que a filosofia pos Hegeliana tornou insustentavel.

Espero que nao leves a mal os meus posts no metablog, se fui agressivo ou arrogante peco desculpa.

Um abraco,
Joao

9:09 da tarde  
Blogger Joana said...

Comento aqui, porque não posso comentar no Acidental (o que aliás, acho pouco democrático...). Mas acho que não podia passar em branco a primeira vez que concordei com algo que escreveste. Refiro-me ao post "Temas proibidos. Moral substantiva ou moral processual?". Caso tenhas dúvidas.

Bjks

J

7:34 da tarde  
Blogger Henrique Raposo said...

Claro que não, João.

obrigado pelo apoio, Joana. Alguma vez teria de ser, não é?

até breve,
HR

10:27 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Caro Henrique,

Pronto, tem razão. O Tio Negri é um "romântico da estirpe mais virulenta". E esteve preso, e esteve ligado a actos terroristas. E provavelmente cheira mal da boca. Aparte desses pormenores todos, será q podia explicar - no caso de ter lido de facto o livro todo e não apenas ter tido uma reacção... biliar, digamos, após ter visto a capa, ou o índice? - porquê é q o livro é tão mau, e prenuncia o fim da Esquerda? Ideias, está a ver? Discussão intelectual aberta e honesta de argumentos, está a ver? Dicussão mais ou menos pormenorizada para além do bitáite generalista, está a ver? É q, se calhar, era muuuuuuuuito mais útil... (Digo eu, que nem sequer gostei particularmente do livro, e até dediquei umas páginazitas a bater nele, em contexto académico).

(A propósito, para um liberal tão ferozmente anti-essencialista, falar do fim da Esquerda (com E grande e tudo!!) não será um bocadito essencialista e romântico? ;))

Cumprimentos blogonautas,

Daniel

2:19 da tarde  
Blogger Henrique Raposo said...

Caro Daniel,

vai ter de esperar pelo artigo (académico) que estou a escrever sobre o sr. Negri. Eu, depois, indico o local. Está bem? Não se irrite tanto.

Até breve,

3:15 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Caro Henrique,

Esperarei com a maior das curiosidades e alguma impaciência. Se for para a Atlântico ou a R:I, não será sequer preciso indicar - já sou leitor assíduo das suas contribuições em ambas. Quanto à irritação... foi defeito estilístico meu, peço perdão. Veja lá q até estava a tentar responder tongue-in-cheek (como dizem os nossos amigos anglo-saxónicos) e com humor à sua contribuição q me pareceu, essa sim, um tudo nada crispada - e ainda por cima sem aduzir grandes razões - contra o Sr. Negri e o seu livro.

Até breve e boa escrita

4:15 da tarde  
Blogger Joao Galamba said...

Henrique,

Mais uma vez comento aqui (abre la a caixa de coentarios do Acidental, pa)

Fazes sistematicamente generalizacoes abusivas sobre os tais pos-modernistas e distorces completamente o fenomeno. O Rorty e pos-modernista puro e duro e escreve livros sobre a sua devocao absoluta aos EUA, sobre a importancia do patriotismo e sobre o sua devocao a causa liberal. O Foucault pode ser muita coisa, mas e tudo menos romantico. Ha concerteza um elemento estetico em muito do que escrevem, mas pretender arrumar o que escrevem da forma como o fazes e algo desonesto. Dou-te outro exemplo de um Nietzschiano que nao se enquadra nas tuas caricaturas: Raymond Geuss. E um filosofo politico a seria de Cambridge que usa Foucault e Nietzsche. Mas ele rejeitaria quase tudo o que tu escreves sobre o pos-modernismo, ao mesmo tempo que os critica.
Se quiseres da uma olhada ao Stanley Fish que sendo pos-modernista e uma especie de conservador americano.

Um abraco,
Joao

3:24 da tarde  

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