Falácia de Rousseau- La France a besoin de toi
Qualquer pessoa que acompanhe minimamente a carreira de Jean-Claude Van Damme teria feito a associação automática. Curiosamente, Bruno Cardoso Reis preferiu introduzir a ideia de Max Boot de uma “Legião da Liberdade” como algo proto-original, esquecendo-se das evidentes semelhanças desta com a secular Legião Estrangeira francesa, presente em tão libertárias campanhas como na defesa de Dien Bien Phu ou nas ofensivas no Maghreb.
Podia, igualmente, ter apresentado Max Boot como um jovem colunista do L.A. Times ainda longe de poder ser considerado um policy ou um opinion maker, mas preferiu enquadrá-lo na difuso epíteto de “neo-conservadorismo” que o deixa bastante mais próximo da Administração Bush e que dá à sua proposta um toque institucional.
Parece-me mais um caso da endémica patologia conhecida como “Síndroma Naomi Klein/Noam Chomsky”, cujos mais vulgares sintomas encontramos na tendência de começar todas as frases por “O Sr. Soros dixit...”.
3 Comments:
O Goncalo devia ler as coisas com mais cuidado. E ridiculo vir falar de coisas a que quer o meu texto, quer o texto do Max Boot fazem referencia (que este tipo de estrategia nada tem de novo e imperios do passado ja a usaram).
O Max Boot alem de colunista no LATimes, publica com regularidade no FT e no Wall Stree Journal (do qual foi editor). Sobretudo e investigador no Council on Foreign Relations que e um dos think tanks mais influente nos EUA, senao mesmo o mais influente. (Se tive lido o texto tinha reparado que esta no site do CFR.) E alias provavelmente o unico neo-conservador que por la anda.
O Goncalo esta no bom caminho para se tornar mais um bom exemplo do pro-americanismo primario que impede que se possa brincar ou pensar sobre os EUA. Sovietismo de sinal contrario, em suma.
Caro Bruno
Devo, desde já, dizer-lhe que alegar “deve ser dos vapores” não vai muito em abono da sua credibilidade académica. Desconheço os “vapores” a que se refere, mas se sofro a influência de alguns só podem ser os de gasolina de cada vez que vou abastecer o carro.
Também não sei em que parte do meu texto é que encontrou ecos do Senador McCarthy (não “Macarthy”). Não o coloquei em nenhuma lista negra ou “vermelha” ou o persegui por razões ideológicas e devo dizer que tal como o Barnabé, também as suas antigas Cartas de Londres fazem parte dos “favoritos” do meu internet expolorer. Limitei-me a debater consigo uma questão e uma afirmação de uma forma irónica, mas educada. Da mesma forma não o acusei de ignorância histórica, mas de parcialidade, expressa na palavra “preferiu”. Não sei se isso me pode incluir no seu “novo-sovietismo”. Talvez ajude se eu fizer uma auto-crítica?
Pelos vistos quem levou alguém demasiado a sério foi o Bruno, preferindo esconder-se em recursos biográficos e não se dando ao trabalho sequer de reparar que quando mencionei Fukuyama, não o apresentei como neo-conservador (que não o é, de todo), mas como o autor de um artigo que analisa o novo fôlego neo-conservador, apartir do realismo democrático de Krauthammer, enquanto que identifica os proponentes de cada tendência até ao “Kissingerian realism”. Mas o Bruno acredita demasiado nas suas capacidades irónicas. Não sei se é o caso dos seus amigos americanos, mas os meus (americanos ou não) chamam-me à atenção quando estou a ser parcial e costumam gostar de um bom debate.
Caro Bruno
Devo, desde já, dizer-lhe que alegar “deve ser dos vapores” não vai muito em abono da sua credibilidade académica. Desconheço os “vapores” a que se refere, mas se sofro a influência de alguns só podem ser os de gasolina de cada vez que vou abastecer o carro. Também não sei em que parte do meu texto é que encontrou ecos do Senador McCarthy (não “Macarthy”). Não o coloquei em nenhuma lista negra ou “vermelha” ou o persegui por razões ideológicas e devo dizer que tal como o Barnabé, também as suas antigas Cartas de Londres fazem parte dos “favoritos” do meu internet expolorer. Limitei-me a debater consigo uma questão e uma afirmação de uma forma irónica, mas educada. Da mesma forma não o acusei de ignorância histórica, mas de parcialidade, expressa na palavra “preferiu”. Não sei se isso me pode incluir no seu “novo-sovietismo”. Talvez ajude se eu fizer uma auto-crítica?
Pelos vistos quem levou alguém demasiado a sério foi o Bruno, preferindo esconder-se em recursos biográficos e não se dando ao trabalho sequer de reparar que quando mencionei Fukuyama, não o apresentei como neo-conservador (que não o é, de todo), mas como o autor de um artigo que analisa o novo fôlego neo-conservador, apartir do realismo democrático de Krauthammer, enquanto que identifica os proponentes de cada tendência até ao “Kissingerian realism”. Mas o Bruno acredita demasiado nas suas capacidades irónicas. Não sei se é o caso dos seus amigos americanos, mas os meus (americanos ou não) chamam-me à atenção quando estou a ser parcial e costumam gostar de um bom debate.
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