Portugal e Espanha
Portugal e Espanha mantiveram, entre 1945 e 1982, caminhos separados em política externa.
Portugal, membro fundador na NATO, em 1949, e membro da CEE a partir de 1986, sempre privilegiou as alianças marítimas às continentais. Foi assim com a potência oitocentista, Grã Bretanha, e na segunda metade do séc. XX, com a que a substituiu, os EUA.
A Espanha, com um carácter continentalista, também fruto da sua História imperial virada para a Europa, apenas entra na NATO, em 1982 (por referendo) e na CEE em 1986. Seria a primeira vez na História que os dois Estados da Península Ibérica partilhavam os mesmos espaços de alianças: um equilíbrio entre atlantismo e continentalismo, numa altura em que ambos os países precisavam de consolidar as suas democracias.
Apenas com Aznar a balança pendeu claramente para o Atlântico. A Espanha virava-se para a relação com os EUA e Portugal teve, obrigatoriamente que a acompanhar, sob pena de deixar de "contar" no diálogo cada vez mais forte entre Washington e Madrid. Foi também esta uma das razões porque Barroso esteve ao lado dos EUA nas vésperas da guerra do Iraque, em 2003, e teve necessidade de fazer a Cimeira dos Açores.
Zapatero regressa, por assim dizer, à tradição continental espanhola. A retirada das tropas do Iraque e a "colagem" ao eixo Paris-Berlim, marcaram o primeiro ano de mandato da governação PSOE.
Mas a viragem parece estar para breve. E, diga-se, se se concretizar, Zapatero merece os meus elogios. Com a previsível alteração de governo em Berlim, já no Outono próximo - e consequente retorno da Alemanha a um posicionamento menos hostil ao EUA - e o enfraquecimento progressivo de Chirac, Zapatero esteve ao lado de Blair no último Conselho Europeu de Bruxelas. Em política internacional joga-se desta forma. Zapatero prefere ser visto como um "oportunista" do que como um derrotado, e prepara-se para ser "amigo" de Tony Blair como poucos. Quem ganha é a Espanha, com isto.
E Portugal? Será que a tradição francesa vai continuar a pesar por cá? Ou vamos jogar o jogo internacional com as mangas arregaçadas?
Freitas do Amaral tem a resposta. O seu sucesso pode catapultá-lo para outros voos.
Portugal, membro fundador na NATO, em 1949, e membro da CEE a partir de 1986, sempre privilegiou as alianças marítimas às continentais. Foi assim com a potência oitocentista, Grã Bretanha, e na segunda metade do séc. XX, com a que a substituiu, os EUA.
A Espanha, com um carácter continentalista, também fruto da sua História imperial virada para a Europa, apenas entra na NATO, em 1982 (por referendo) e na CEE em 1986. Seria a primeira vez na História que os dois Estados da Península Ibérica partilhavam os mesmos espaços de alianças: um equilíbrio entre atlantismo e continentalismo, numa altura em que ambos os países precisavam de consolidar as suas democracias.
Apenas com Aznar a balança pendeu claramente para o Atlântico. A Espanha virava-se para a relação com os EUA e Portugal teve, obrigatoriamente que a acompanhar, sob pena de deixar de "contar" no diálogo cada vez mais forte entre Washington e Madrid. Foi também esta uma das razões porque Barroso esteve ao lado dos EUA nas vésperas da guerra do Iraque, em 2003, e teve necessidade de fazer a Cimeira dos Açores.
Zapatero regressa, por assim dizer, à tradição continental espanhola. A retirada das tropas do Iraque e a "colagem" ao eixo Paris-Berlim, marcaram o primeiro ano de mandato da governação PSOE.
Mas a viragem parece estar para breve. E, diga-se, se se concretizar, Zapatero merece os meus elogios. Com a previsível alteração de governo em Berlim, já no Outono próximo - e consequente retorno da Alemanha a um posicionamento menos hostil ao EUA - e o enfraquecimento progressivo de Chirac, Zapatero esteve ao lado de Blair no último Conselho Europeu de Bruxelas. Em política internacional joga-se desta forma. Zapatero prefere ser visto como um "oportunista" do que como um derrotado, e prepara-se para ser "amigo" de Tony Blair como poucos. Quem ganha é a Espanha, com isto.
E Portugal? Será que a tradição francesa vai continuar a pesar por cá? Ou vamos jogar o jogo internacional com as mangas arregaçadas?
Freitas do Amaral tem a resposta. O seu sucesso pode catapultá-lo para outros voos.
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