Em Portugal, todos andam de pantufas
Continuando…
Num país não-porreiro:
Cada dia tem um sabor mental. Este sabor fica encrostado na cabeça o dia todo. Como aquelas lapas. Viver um dado dia sem este sabor é uma impossibilidade mental (é por isso que os feriados são tão destabilizadores). A Segunda sabe a dever. A Terça sabe a embalar. Quarta… não sabe a nada (é uma trincheira de tédio). A Quinta é antecipação. Antecipação do quê? De recomeço. Sexta é recomeço. Sexta é liberdade. Sexta é o retomar do privado depois de uma semana pública. Sexta-feira é o retomar do nosso espaço privado depois do trabalho público. Sexta é colo. Sexta é pantufas.
No país do porreirismo (vulgo: Portugal):
Aqui, Sexta é todos os dias. Somos um país de seres privados. Os portugueses trabalham de pantufas. Os portugueses não conseguem enfrentar o trabalho enquanto seres públicos. Sapatos é coisa que não têm. Só pantufas. Pior: trabalham como "porreiros" e depois exigem direitos de "pulhas".
Caros políticos,
Tenham a coragem de dizer que os portugueses têm de deixar as pantufas em casa.
[encomenda de Luísa Cabral Menezes]
Num país não-porreiro:
Cada dia tem um sabor mental. Este sabor fica encrostado na cabeça o dia todo. Como aquelas lapas. Viver um dado dia sem este sabor é uma impossibilidade mental (é por isso que os feriados são tão destabilizadores). A Segunda sabe a dever. A Terça sabe a embalar. Quarta… não sabe a nada (é uma trincheira de tédio). A Quinta é antecipação. Antecipação do quê? De recomeço. Sexta é recomeço. Sexta é liberdade. Sexta é o retomar do privado depois de uma semana pública. Sexta-feira é o retomar do nosso espaço privado depois do trabalho público. Sexta é colo. Sexta é pantufas.
No país do porreirismo (vulgo: Portugal):
Aqui, Sexta é todos os dias. Somos um país de seres privados. Os portugueses trabalham de pantufas. Os portugueses não conseguem enfrentar o trabalho enquanto seres públicos. Sapatos é coisa que não têm. Só pantufas. Pior: trabalham como "porreiros" e depois exigem direitos de "pulhas".
Caros políticos,
Tenham a coragem de dizer que os portugueses têm de deixar as pantufas em casa.
[encomenda de Luísa Cabral Menezes]
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