domingo, outubro 09, 2005

Grande Malha


1.Acho que não passou nas nossas salas. Que tal uma estreia? Merece.

2. Solidão. Auto-destruição. Em espiral descendente. A música - notável - ajuda a criar uma atmosfera que é uma gigantesca espiral. Gigantesca e doentia. E Aronofsky não expulsa o espectador deste remoinho. Outro autor - mostrando o mesmo que Aronofsky mostra - ter-nos-ia causado nojo. Este prometedor Darren Aronofsky, ao invés, consegue levar-nos para o epicentro. Com muito trabalho. Técnico. Não basta ter bons actores e um texto “iluminado”.

3.A música, a montagem, os enquadramentos inesperados (por estarem quase dentro das personagens) criam um labirinto. E de lá não saímos. Requiem for a Dream é daqueles que não sai. Fica na pele. Não sei se é medo ou angústia, mas alguma coisa fica. Não é fácil esquecer 4 personagens que terminam a pedir colo. Ou a pedir para nascer outra vez...

3 Comments:

Blogger Joao Galamba said...

Grande filme Henrique e menos obsessivo que o "Pi". Aproveito para sugerir-te um livro que acho que vais gostar: "Modernity as Philosophical Problem: On the Dissatisfactions of the European High Culture" de Robert Pippin

Um abraço
Joao Galamba

9:38 da tarde  
Blogger Tiago Mendes said...

Caro Henrique,

Uma nota cordial só para relembrar um post teu onde não houve resposta aos comentários, meu e do PPM. Not a big thing, but still.

http://oacidental.blogspot.com/2005/10/sondagens.html

12:40 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Teve estreia por cá. Parca e discreta, mas de facto passou em Lisboa.

Gustavo S.

12:01 da tarde  

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