Fazer por Lisboa (I)
E assim se faz cidade… no fim tudo se resume a isto… a um “bate-boca” entre figuras e partidos, numa competição sem limites. O debate entre Carmona Rodrigues e Carrilho demonstrou uma coisa simples: o objectivo era encontrar aquele que mais prejuízo trouxe a Lisboa. Não pretendo aqui discutir política ou rivalidades partidárias em Lisboa. Falo enquanto “quase” Arquitecta.
A cidade é o espaço físico onde vivemos e, como tal, o seu bom ou mau funcionamento influenciam o nosso modo de vida. As intervenções em cidade deveriam ser bem mais que bandeiras partidárias. O resultado desta política de intervenção são marcadas pela pontualidade e não, como deveriam ser, enquadradas numa estratégia global. Intervir aqui e ali para resolver este ou aquele problema específico não é solução. Nem se o arquitecto for de renome internacional. Fala-se em Gehry para o Parque Mayer, em Siza, ou em Foster e suas torres. A questão é que, apesar de “bons arquitectos”, as suas intervenções não se adequam aos locais a que estão destinados. E se o objectivo era a valorização desses mesmos lugares, o resultado será a sua “morte”: os projectos referidos não só destroem a unidade do lugar - mais evidente no caso das torres de Siza em Alcântara - como causam enormes impactos ambientais e humanos (o projecto do Parque Mayer arrasa com o Jardim Botânico; as Torres do Siza, por se situarem numa das zonas baixas e altamente consolidadas de Lisboa, causarão perturbações ambientais na zona envolvente às mesmas) que, como não poderá deixar de ser, terão repercussões ao nível de toda a cidade. O caso mais evidente, ainda que em termos visuais - e não é apenas a estes que me refiro - será o das Torres de Siza, que alterarão por completo a imagem e a relação harmoniosa de toda a frente ribeirinha de Lisboa com o rio.
[Marta Castro Rosa]
A cidade é o espaço físico onde vivemos e, como tal, o seu bom ou mau funcionamento influenciam o nosso modo de vida. As intervenções em cidade deveriam ser bem mais que bandeiras partidárias. O resultado desta política de intervenção são marcadas pela pontualidade e não, como deveriam ser, enquadradas numa estratégia global. Intervir aqui e ali para resolver este ou aquele problema específico não é solução. Nem se o arquitecto for de renome internacional. Fala-se em Gehry para o Parque Mayer, em Siza, ou em Foster e suas torres. A questão é que, apesar de “bons arquitectos”, as suas intervenções não se adequam aos locais a que estão destinados. E se o objectivo era a valorização desses mesmos lugares, o resultado será a sua “morte”: os projectos referidos não só destroem a unidade do lugar - mais evidente no caso das torres de Siza em Alcântara - como causam enormes impactos ambientais e humanos (o projecto do Parque Mayer arrasa com o Jardim Botânico; as Torres do Siza, por se situarem numa das zonas baixas e altamente consolidadas de Lisboa, causarão perturbações ambientais na zona envolvente às mesmas) que, como não poderá deixar de ser, terão repercussões ao nível de toda a cidade. O caso mais evidente, ainda que em termos visuais - e não é apenas a estes que me refiro - será o das Torres de Siza, que alterarão por completo a imagem e a relação harmoniosa de toda a frente ribeirinha de Lisboa com o rio.
[Marta Castro Rosa]
1 Comments:
"Quase"? Espero bem que seja um longo (e, hopefully, trabalhoso) quase - que análise tão...ligeira. Eu sei que um post não é um paper de inabalável rigor cientifico, mas, caramba, já olhou mesmo para os projectos? E tem a noção que isto - "A questão é que, apesar de “bons arquitectos”, as suas intervenções não se adequam aos locais a que estão destinados" é contraditório?
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