sábado, março 11, 2006

Goodbye my love, goodbye

Tudo tem o seu tempo e do Sinédrio, enquanto blog, termina aqui. Ao contrário do que a data de encerramento e a música possam indicar, este foi um fim pacífico. Nada de barricadas e de Chaimites na rua. Digamos que o blog O Sinédrio morreu pacificamente no seu sono provecto. A todos os que nos leram, linkaram, comentaram, odiaram ou apreciaram, aqui ficam os nossos sinceros agradecimentos. Este foi um ano absolutamente fantástico.
No entanto, todos os membros do Sinédrio são de inspiração platónica e acreditam na transmigração das almas para um espaço inteligível. Daí que o espírito do Sinédrio perdure muito para além do blog. Outros formatos e oportunidades nos aguardam num futuro próximo. Vamos andar por aí.

O Sinédrio

Até breve

Este é o meu último post no Sinédrio.

Há cerca de um ano, pensava que “blogosfera” era nome de doença tropical. O Bernardo, com muita paciência, instruiu-me na coisa. Afinal, “blog” não é um vírus do Burundi, mas uma coisa onde se pode escrever e discutir.

Hoje, sei que um blog é como um vício, mas um vício a prazo. Intenso durante uns meses. Morre ao final de outros tantos. Sei que voltarei a sentir esse vício, mas por agora estou desintoxicado. Além disso, a falta de tempo é cada vez maior.

Fiz amigos no Sinédrio. Amigos com quem continuarei a beber copos e a trabalhar noutras coisas mais ”sérias”. Trouxe amigos para o Sinédrio. Mas hoje termina a minha ligação ao blog. Foi um prazer.

O meu obrigado a todos aqueles e aquelas que por aqui passaram.

Até breve,
Henrique Raposo

Últimas Considerações II


Curiosamente ou não, há um estudo a fazer e há muito adiado. Se nos abstrairmos da fundação ideológica e filosófica dos regimes, observemos se existe algum paralelo de intimidade entre as políticas públicas da União Soviética e da Alemanha hitleriana em quadrantes como: gestão económica e modelos de economia planificada; centralização da decisão executiva ou eventual dissipação de poder; distribuição do poder numa base nacional e a quem ele é confiado; a restruturação do sistema político; redução das liberdades cívicas e repressão da dissidência política; propaganda oficial ao regime e produção doutrinária original por parte deste.
Finders Keepers !

Últimas Considerações I

Ultimamente tenho sido confrontado, da Esquerda à Direita, com interrogações follow up em relação à premissa do embaixador iraniano sobre se é realmente possível contabilizar o genocídio de 6 milhões de Judeus durante o Holocausto. Algumas dessas interrogações partiram de uma simples interrogação retórica, outras teriam uma clara intenção sensacionalista. Em relação às últimas, só posso dizer que o resultado foi absolutamente contraproducente. É me, hoje, absolutamente irrelevante saber se estamos perante 6 milhões, 4 milhões, 30 pessoas ou um cego e o seu cão. O choque moral já o sofri quando compreendi foi admissível para a mente humana assassinar em nome de um ideal, de uma utopia. Pol Pot, Lenine e Estaline, Hitler, Mao, Che Guevara e outros mais, todos partilharam essa premissa de que uma ideia justifica a repressão e a eliminação dos seus concidadãos, dos seus congéneres humanos. A barbárie com base intelectual não deixa de ser barbárie. E não há nada melhor para compreender isso do que visitar um campo de extermínio nazi (e sei que o Bernardo concorda comigo aqui) e sentir o vento aterrador que corta o silêncio.

sexta-feira, março 10, 2006

Ficar parado é que não!

Os blogs são uma das melhores coisas que aconteceram nos últimos tempos neste país. Mostraram escritas novas, outras velhas, umas que melhoraram e ainda aquelas que deixaram muito a desejar. Trouxeram discussões apaixonantes, debates crispados e posições antagónicas. Gosto especialmente destas palavras. Divergências, debate, contraditório. Tudo junto dá, por certo, outra cor ao panorama, aquele que, no fundo é o nosso.
Mas nos blogs conheceram-se inúmeras pessoas. Fizeram-se amizades. Jantares, almoços, festas. Criaram-se laços, ideológicos e pessoais. Desmontaram-se conceitos, correntes de pensamento, propostas políticas, literárias, musicais e cinematográficas. Disseram-se parvoíces e coisas muito acertadas. É, por outras palavras, a demonstração das capacidades de cada um postas a público. Aquilo em que cada um, num determinado momento, é capaz de se envolver. Bem ou mal, não importa. O importante é não ficar parado.
Os meus agradecimentos muito pessoais, por variadas razões, vão para todos os leitores que por aqui passaram, fugiram ou foram ficando e para os seguintes blogs: O Acidental, Arte da Fuga, Coluna Infame, No Quinto dos Impérios, Fora do Mundo, Babugem, Aviz, Origem das Espécies, Frangos para Fora, Quase Famosos, Melancómico, Palmier, O Insurgente, Achtung Baby e Barnabé (o primeiro a linkar-nos). A todos um abraço.

quinta-feira, março 09, 2006

Ali Farka Toure


Devo dizer que, em termos de música sou um profundo “nativista”. Enquanto cidadão Ocidental tendo a só gostar e a ouvir algo que me ressoa na mente e no coração com familiaridade.
A razão pela qual alguém levanta o rabo gordo e multiculturalista do sofá para ir à FNAC comprar um CD de mulheres da Mauritânia a bater em alguidares, permanece para mim um mistério. Entre a Dolly Parton e o folclore de uma pequena aldeia do pequeno Djibuti, a escolha é óbvia.
Há, no entanto, uma pequena excepção: Ali Farka Toure, “o espírito do Mali”, que faleceu anteontem e que eu até punha a tocar no blog se a mãe do iTunes lhe tivesse ensinado a virtualidade moral da partilha.

Todo quedaba “Atado y bien atado”


Já que estamos numa de recomendações, aqui (recomendação 1 / recomendação 2) ficam duas obras que saíram nos últimos anos mas que, como todas as coisas que incidem sobre Espanha, passaram algo despercebidas entre nós. Dois novos contributos que lançam luzes sobre o processo de democratização espanhola e porquê o testamento optimista de Franco (que dá título a este post) tropeçou nos atacadores.

quarta-feira, março 08, 2006

Ao cuidado de todos os importadores e tradutores, dois essenciais:

terça-feira, março 07, 2006

O que eu quero dizer quando for grande:

"Por favor não mandem emails para o mail do blog que já está cheio, mas antes para o meu email pessoal: quandoforgrande@gmail.com. Todos os mails serão lidos, revistos e os melhores serão publicados.
Este post já está no Aba da Causa."

(publicado no jornal Público)

Waco, Texas

Nunca fui grande fã das caixas de comentários, mas via o Bloguítica, fui dar uma vista de olhos na caixa de comentários de Vasco Pulido Valente (abstenho-me de linkar). Para a próximo, levo uma lanterna. Os blogs sempre tiveram os seus comentadores anónimos, uns quantos bajuladores e, o mais comum, poucas ideias. Mas Vpv eleva a fasquia à condição de arte com toques de leitor do Tal&Qual.
Mesmo a propósito, reparei que Paulo Portas introduziu o seu novo espaço na SIC com a premissa de «retirar à esquerda o monopólio da palavra» e lembrei-me de quando, entre os blogs se repetia a mesma coisa. Tempos distantes e irrepetíveis, hoje órfãos do Barnabé e do Bde(confesso que tenho saudades). Não que se possa falar de um monopólio de opinião da Direita, simplesmente a massificação e mediatização circunstancial dos blogs pulverizou o debate e a vontade.

segunda-feira, março 06, 2006

Já que estamos numa de Amazon...


... antes de se considerar a Termotebe revolucionária, talvez importe passar os olhos pela realidade por detrás do mito:

Alvaro Vargas Llosa no seu melhor

You tell them girl!

Elliot Smith & Babes in Toyland

Caro Manuel, se calhar vale a pena dar uma vista de olhos nisto:


Aqui


Enquanto isso, dedico-me à introspecção nostálgica:

Aqui

domingo, março 05, 2006

To much reality, II

Sa’d Bin Tefla, jornalista e ex-ministro da informação do Kuwait:

Where are the Fatwas Against Bin Laden?
"Despite the fact that bin Laden murdered thousands of innocents in the name of our religion and despite the damage that he has caused to Muslims everywhere, and especially to innocent Muslims in the West whose life is much better than the life of Muslims in Islamic lands, to this date not a single fatwa has been issued calling for the killing of Bin Laden, on the pretext that Bin Laden still proclaims 'there is no God other than Allah.' [But] is it not the case that Napoleon repeated the same thing many times in the course of the French attack on Al-Azhar ?

To much reality

Só no mês de Setembro de 2004, mais de 20 mil pessoas fizeram download de um vídeo que era (é) uma espécie de colectânea das melhores execuções – decepamentos - feitas por radicais no Iraque. Ver aqui.

sábado, março 04, 2006

Obscurantismo

Antes de referir um pretenso obscurantismo da Atlântico, Fernanda Câncio devia reparar que a sua coluna encontra-se numa obscurantíssima edição de Sábado do Diário de Notícias, da qual Portugal inteiro só se lembra se esta estiver ao lado no Expresso na banca da papelaria.

Parabéns...atrasados


É imperdoável e inadmissível que o Sinédrio só agora dê os devidos parabéns ao Insurgente e ao Blasfémias pelos seus aniversários.

quinta-feira, março 02, 2006

O meu onze para Alvalade

Ricardo, Abel, Tonel, Polga e André Marques; Custódio, Moutinho, Sá Pinto e Carlos Martins; Douala e David.